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Khadji-Murát

 

Lev Tolstói

Tradução de Boris Schnaiderman
Inclui o ensaio
"Tolstói: antiarte e rebeldia",
de Boris Schnaiderman

264 p. - 14 x 21 cm
ISBN 978-85-7326-664-1
2017 - 1ª edição
Edição conforme o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa

Em 1893, Lev Tolstói anotava em seu diário: "A forma do romance acabou". Com isso o velho conde não queria dizer que estava no fim de suas forças. Muito pelo contrário: iniciava-se aí uma luta que levaria o autor de Guerra e paz e Anna Kariênina à criação de uma nova forma literária, com a concisão da novela, mas a abrangência e a multiplicidade de linhas narrativas dos seus grandes romances.
O resultado é khadji-murát, uma obra-prima redigida entre 1894 e 1905, publicada postumamente em 1912, e que se mostra de uma atualidade impressionante. Ambientada no Cáucaso, no front entre o exército russo de ocupação e a resistência armada dos povos islâmicos, ela acompanha - como num filme os movimentos do rebelde Khadji-Murát (1796-1852), empenhado na sobrevivência e na afirmação de seus valores. Em vinte e cinco capítulos curtos, a ação se desloca do campo tchetcheno para o russo e vice-versa, instaurando um jogo de perspectivas entre as duas culturas que torna o derradeiro livro de Tolstói um acontecimento revolucionário na sua estrutura e nos temas abordados.
O volume se completa com o ensaio "Tolstói: antiarte e rebeldia", em que o tradutor Boris Schnaiderman, com base nos diários do autor e em extenso material crítico, faz uma síntese esclarecedora da vida e obra do escritor, destacando a posição ímpar que Khadji-Murát ocupa na sua produção.


Sobre o autor
Lev Nikoláievitch Tolstói nasce em 1828 na Rússia, em Iásnaia Poliana, propriedade rural de seus pais, o conde Nikolai Tolstói e a princesa Mária Volkônskaia. Em 1845, Tolstói ingressa na Universidade de Kazan para estudar Línguas Orientais, mas abandona o curso e transfere-se para Moscou e depois para Petersburgo. Em 1851 alista-se no exército russo, servindo no Cáucaso, e começa a sua carreira de escritor, publicando os livros de ficção Infância, Adolescência e Juventude em 1852, 1854 e 1857, respectivamente. De volta à Iásnaia Poliana, funda uma escola para os filhos dos servos de sua propriedade rural. Em 1862 casa-se com Sófia Andréievna Behrs, então com dezessete anos, com quem teria treze filhos. Os cossacos é publicado em 1863, Guerra e paz, entre 1865 e 1869, e Anna Kariênina, entre 1875 e 1878, livros que trariam enorme reconhecimento ao autor. No auge do sucesso, Tolstói passa a ter recorrentes crises existenciais, processo que culmina na publicação de Confissão, em 1882, onde o autor renega sua obra e assume uma postura social-religiosa que se tornaria conhecida como “tolstoísmo”. Mesmo assim, continua a produzir obras-primas como as novelas A morte de Ivan Ilitch (1886), A Sonata a Kreutzer (1891) e Khadji-Murát (1905). Espírito inquieto, foge de casa aos 82 anos de idade para se retirar em um mosteiro, mas falece a caminho, vítima de pneumonia, na estação ferroviária de Astápovo, em 1910.


Sobre o tradutor
Boris Schnaiderman, considerado um dos maiores intelectuais e tradutores do russo em nosso país, nasceu em Úman, na Ucrânia, em 1917. Em 1925, aos oito anos de idade, veio com os pais para o Brasil, formando-se depois na Escola Nacional de Agronomia do Rio de Janeiro. Naturalizou-se brasileiro nos anos 1940, tendo se alistado para lutar na Segunda Guerra Mundial como sargento da FEB. Começou a fazer traduções de autores russos em 1944 e a colaborar na imprensa brasileira a partir de 1957, tendo publicado desde então diversos livros sobre cultura e literatura, além de versões para obras de Púchkin, Dostoiévski, Tolstói, Tchekhov, Górki, Maiakóvski e outros. Mesmo sem ter estudado formalmente Letras, foi escolhido para iniciar o curso de Língua e Literatura Russa da Universidade de São Paulo em 1960, instituição onde permaneceu até sua aposentadoria, em 1979, e pela qual recebeu o título de Professor Emérito em 2001. Ganhou em 2003 o Prêmio de Tradução da Academia Brasileira de Letras, e em 2007 foi agraciado pelo governo da Rússia com a Medalha Púchkin, em reconhecimento por sua contribuição na divulgação da cultura russa no exterior. Faleceu em São Paulo em 2016, aos 99 anos de idade.


Veja também
Felicidade conjugal
A Sonata a Kreutzer
A morte de Ivan Ilitch

 


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