Tantra e a arte de cortar cebolas
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Iara Biderman
120 p. - 12 x 21 cm
ISBN 978-65-5525-185-2
2024
- 1ª edição
Uma das canções mais conhecidas dos Beatles, “Eleanor Rigby”, de 1966, indaga acerca das pessoas solitárias, “Where do they all come from?” — isto é, “de onde todas elas vêm?”. Uma interrogação similar atravessa os 21 contos de Tantra e a arte de cortar cebolas, de Iara Biderman. Da mulher que na noite de Natal traz para casa um menino de rua à senhora que, no último conto, tenta voltar para um edifício que não reconhece, passando por michês, travestis, um bizarro vigia de zoológico, uma recém-casada prestes a chutar o balde, uma cleptomaníaca enfurecida e muitos outros personagens, em praticamente todas as histórias deste livro de vozes majoritariamente femininas há alguém que recusa o lugar onde está.
Com ritmo ágil e uma grande variedade de registros, Iara Biderman escreveu um livro em que a sensação de deslocamento dá a tônica e se traduz num forte impulso de cruzar fronteiras — de classe, de gênero, de sexo, de moral, de gosto e, até mesmo, de espécie.
Sobre a autora
Iara Biderman nasceu em São Paulo, em 1961. Formou-se em jornalismo pela PUC-SP em 1983 e, em 2011, foi pesquisadora convidada da faculdade de Jornalismo da Universidade de Cardiff, no Reino Unido. Atualmente é editora da revista Quatro Cinco Um, e trabalhou anteriormente como repórter e editora nas redações do jornal Folha de S. Paulo e do núcleo de revistas das editoras Globo e Abril, onde cobriu as áreas de comportamento, saúde, ciência, cotidiano e cultura. Crítica de dança e membro da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), foi curadora de festivais e prêmios de dança no Brasil, crítica convidada de festivais internacionais, na Itália e na Polônia, e autora de ensaios sobre dança para publicações da São Paulo Companhia de Dança, do Itaú Cultural e da Mostra Internacional de Teatro de São Paulo (MITsp). Tantra e a arte de cortar cebolas é seu primeiro livro de ficção.
Veja também
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