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04/12/2015

Nâzým Hikmet
Paisagens humanas do meu país
Tradução, apresentação e notas de Marco Syrayama de Pinto
576 p.
16 x 23 cm
R$ 76,00

Comparado com frequência a Pablo Neruda por sua exuberância lírica e posicionamento político, e a García Lorca por seu enraizamento na paisagem e cultura locais, o poeta turco Nâzým Hikmet (1902-1963) é um dos principais nomes da literatura moderna em todo o mundo, e só a distância entre as línguas justifica seu relativo desconhecimento entre nós.
Esta, que é sua obra máxima, começou a ser escrita na prisão de Bursa, na Turquia, em 1939, como uma enciclopédia dos tipos humanos que o poeta conhecera, e evoluiu para se tornar um verdadeiro épico do século XX. Combinando técnicas do romance, do teatro e do cinema, diálogos epistolares e emissões radiofônicas, trechos de reportagens, canções e contos folclóricos tradicionais, Paisagens humanas do meu país acompanha a vida de homens, mulheres e crianças de diferentes estratos sociais, num entrelaçamento de histórias que têm, entre seus polos de atração, as lutas pela libertação da Turquia na década de 1920 e a experiência da Segunda Guerra Mundial, tratada em muitos planos, dos campos de batalha aos arranjos de bastidores.
O resultado é um livro fora do comum, que se deixa ler como uma espécie de Aleph da conturbada história do nosso tempo, e que desembarca agora pela primeira vez no Brasil, na vigorosa tradução de Marco Syrayama de Pinto, realizada diretamente do original turco.

Nascido em Salônica, em 1902, no seio de uma família culta e influente, o escritor Nâzým Hikmet teve uma vida marcada por fugas, exílios, prisões e intensa participação política. Entre 1928 e 1938, publicou nove livros de poemas que revolucionaram a poesia turca. Em 1939 foi encarcerado na prisão de Bursa e começou a redigir Paisagens humanas do meu país. Foi solto em 1950, mesmo ano em que recebeu o Prêmio Internacional da Paz, ao lado de Pablo Neruda e Pablo Picasso. Reconhecido como um dos maiores nomes da literatura mundial do século XX, faleceu em Moscou em 1963. Hoje sua obra está publicada em mais de 50 idiomas.

Marco Syrayama de Pinto nasceu em São Paulo, em 1979, e formou-se em Línguas Orientais pela USP. Defendeu seu mestrado na mesma universidade em 2006, estudando a reforma linguística turca e os empréstimos da língua árabe no turco moderno. Seu doutorado, iniciado em 2013 na USP e na Universidade do Bósforo, em Istambul, versa sobre a obra modernista Tutunamayanlar (1972), do escritor turco Oðuz Atay (1934-1977). Como tradutor, publicou no Brasil As preces são imutáveis (2010), de Tuna Kiremitçi, o épico turco do século XV O livro de Dede Korkut (2010), que lhe valeu o Prêmio Jabuti de Tradução em 2011, e O palhaço e sua filha (2011), da escritora feminista Halide Edib Adývar.

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