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Crítica, teoria literária e linguística
 

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Tempo reencontrado
Ensaios sobre arte e literatura

 

Alexandre Eulalio

Organização de Carlos Augusto Calil
Coedição: Instituto Moreira Salles

272 p. - 16 x 23 cm
ISBN 978-85-7326-493-7
2012 - 1ª edição

Organizado por Carlos Augusto Calil, Tempo reencontrado reúne dez ensaios de Alexandre Eulalio (1932-1988), este intérprete incomum que, nas palavras de Antonio Candido, foi capaz de aliar o conhecimento mais rigoroso da História e da Estética à livre fantasia criadora, sempre em busca de "chaves para compreender o tempo". No conjunto afiado e extremamente original, vale destacar os ensaios sobre Cornelio Penna, Henrique Alvim Corrêa e os três textos dedicados à leitura de Esaú e Jacó (1904), de Machado de Assis, em paralelo com a análise da tela de Aurelio de Figueiredo, O Último baile da Monarquia (1905), exemplos da mais fina inteligência crítica.
Numa combinação bastante rara, o ensaísmo investigativo de Alexandre Eulalio (1932-1988), este scholar que fugiu dos bancos escolares para construir uma trajetória inteiramente singular, aliava erudição, perspectiva histórica e um faro muito apurado para enveredar por temas, autores e campos de interesse que poucos costumam trilhar.
Extremamente sensível à construção literária, mas também aos valores táteis e visuais das artes plásticas, o crítico manteve-se sempre aberto ao estímulo multidisciplinar e - como demonstram os dez textos reunidos neste Tempo reencontrado - fez da intersecção entre a literatura e as outras artes um lugar privilegiado para o exercício da análise e da interpretação.
Exemplos desse cruzamento contínuo entre arte, história, literatura e crônica mundana são os três ensaios dedicados à leitura de Esaú e Jacó (1904), de Machado de Assis - um dos pontos altos do livro -, em paralelo com a análise da tela monumental de Aurelio de Figueiredo, O Último baile da Monarquia, de 1905. A acuidade interpretativa para a arte gráfica se faz presente ainda em dois textos magistrais, preciosas sínteses da vida e obra do pintor e ilustrador Henrique Alvim Corrêa (1876-1910) e do romancista, pintor e gravador Cornelio Penna (1896-1958).
Como observou Antonio Candido, "Alexandre queria chaves para compreender o tempo, por isso ia e vinha entre autores grandes e pequenos, buscando algo que parecia estar sempre além deles. Por quê? Talvez porque, nele, o crítico de arte e de literatura se associava intimamente a um historiador do Brasil". Alexandre Eulalio praticou, nas palavras de Carlos Augusto Calil, responsável pela organização deste volume, "a crítica a montante, abrindo caminho em direção à nascente das autênticas fontes de nossa desinsofrida cultura", num recorte sempre rigoroso, original e que não conhece o conformismo.


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