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Roupa suja (polêmica alegre)
Onde se faz o panegírico de alguns homens honrados da política republicana

 

Moacyr Piza

Chão Editora

Posfácio: Boris Fausto


200 p. - 15 x 21 cm
ISBN 978-65-80341-06-1
2022 - 1ª edição

Sátira polêmica, com alvos explícitos da cena política da época, Roupa suja revela faces pouco generosas das oligarquias, acompanhando a maré de publicações de escribas obscuros como José Agudo, Hilário Tácito, o próprio Moacyr Piza, Juó Bananére, Ivan Subiroff e o caricaturista Voltolino — alguns deles engajando-se em periódicos como O Pirralho, O Queixoso, O Parafuso e outros pasquins da cultura cômica da Belle Époque paulista.
Piza juntou-se a essa fila de pândegos contumazes e esteve no centro das dissidências do Partido Republicano Paulista (PRP), replicando lances hilariantes: a traquinada de um baile festivo, no qual todos os chefes perrepistas dançam maxixe; ou a farsa da Escola do Partido em pleno dia de formatura, dirigida por um Washington Luís travestido em burlesco diretor de circo. Poucos escapam da pena incontrolável de Piza, esgrimindo preconceitos e infâmias diversas, jamais hesitando em decidir quem é decente e quem é canalha.
Último motivo de seu esquecimento: sociedades nunca viram sátiras com bons olhos, talvez porque nelas ainda latejem amargas filosofias. Mais ainda no Brasil, onde registramos satiristas defenestrados da História, não raro diabolizados em razão de patologias pessoais. Para variar, o sempre atual Machado de Assis antecipou a maldição de Piza e sua turma de pândegos satíricos, quando, ao invocar a arma de Swift, definiu as elites brasileiras com duas únicas e certeiras palavras: caricatas e burlescas.
Elias Thomé Saliba


Sobre o autor
Moacyr de Toledo Piza (1891-1923) nasceu em Sorocaba. Era membro de uma família tradicional, cujos ancestrais chegaram ao Brasil ainda nos tempos da Colônia. Cursou a Faculdade de Direito do Largo de São Francisco e recebeu o grau de bacharel em 1915. Foi delegado de polícia em cidades do interior paulista, mas acabou fixando residência em São Paulo, onde instalou sua banca de advocacia. Logo se destacou na escrita, por sua prosa irônica e desabrida. Suicidou-se após assassinar a amante Nenê Romano.


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