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Figurações
ensaios críticos
Sylvia Molloy
Posfácio de Adriana Kanzepolsky
Projeto gráfico de Raul Loureiro
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| Uma das principais autoras hispano-americanas dos séculos XX e XXI, tanto como ensaísta como ficcionista, a argentina Sylvia Molloy (1938-2022) fez seu doutorado na Sorbonne, lecionou nas universidades de Princeton e Yale, e tornou-se professora emérita de escrita criativa na Universidade de Nova York. Figurações, organizado por Paloma Vidal, reúne treze de seus principais ensaios, que versam sobre questões de gênero, sobre o lugar da crítica, sobre as relações entre autobiografia e ficção, sobre os “pais fundadores” da literatura latino-americana Domingo Sarmiento, José Martí e Rubén Darío, sobre a tradição das mulheres nas letras, de Teresa de la Parra e Victoria Ocampo a Alejandra Pizarnik, e sobre a obra inesgotável e inspiradora de Jorge Luis Borges. |
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O dorso do tigre
Benedito Nunes
Posfácio de Affonso Ávila
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| Benedito Nunes (Belém do Pará, 1929) é um caso raro de intelectual brasileiro, que combina as qualidades tanto de filósofo como de crítico literário. Nos 22 ensaios aqui reunidos o escritor oferece interpretações luminosas de pensadores como Heidegger, Lefebvre e Foucault, e de autores máximos da língua portuguesa como Clarice Lispector, Guimarães Rosa, Fernando Pessoa e João Cabral. Sempre ciente de que, como alerta a epígrafe de Michel Foucault, ao tratar de literatura ou filosofia, nós estamos sempre "agarrados ao dorso de um tigre".aolp |
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A forma livre:
Baudelaire e Machado de Assis
Natasha Belfort Palmeira
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Baudelaire chegou rápido às letras brasileiras, e não apenas sob a forma dos poemas escandalosos de As flores do mal. Como demonstra Natasha Belfort Palmeira, também os “pequenos poemas em prosa” de O spleen de Paris não tardaram a ser traduzidos, imitados, parodiados por uma turma de jovens escritores. Quase todos desconhecidos, tinham uma coisa em comum: gravitavam em torno de Machado de Assis, secreto instigador dessas leituras pioneiras de Baudelaire. Mas A forma livre não para aí. Ao recontar este capítulo até aqui desconhecido de nossa história literária, a autora reconstrói com ânimo detetivesco como “o circunspecto Machado de Assis incorporou a ideia e a técnica dos petits poèmes en prose ao tecido de suas grandes obras”, em especial às Memórias póstumas de Brás Cubas, que já não poderemos ler sem “reconhecer ali uma tonalidade baudelairiana”, conforme declara Roberto Schwarz em seu texto de apresentação. |
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