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Coleção: Fábula  

Fábula: do verbo latino fari, “falar”, como a sugerir que a fabulação é extensão natural da fala e, assim, tão elementar, diversa e escapadiça quanto esta; donde também falatório, rumor, diz que diz, mas também enredo, trama completa do que se tem para contar (acta est fabula, diziam mais uma vez os latinos, para pôr fim a uma encenação teatral); “narração inventada e composta de sucessos que nem são verdadeiros, nem verossímeis, mas com curiosa novidade admiráveis”, define o padre Bluteau em seu Vocabulário português e latino; história para a infância, fora da medida da verdade, mas também história de deuses, heróis, gigantes, grei desmedida por definição; história sobre animais, para boi dormir, mas mesmo então todo cuidado é pouco, pois há sempre um lobo escondido (lupus in fabula) e, na verdade, “é de ti que trata a fábula”, como adverte Horácio; patranha, prodígio, patrimônio; conto de intenção moral, mentira deslavada ou quem sabe apenas “mentirada gentil do que me falta”, suspira Mário de Andrade em “Louvação da tarde”; início, como quer Valéry ao dizer, em diapasão bíblico, que “no início era a fábula”; ou destino, como quer Cortázar ao insinuar, no Jogo da amarelinha, que “tudo é escritura, quer dizer, fábula”; fábula dos poetas, das crianças, dos antigos, mas também dos filósofos, como sabe o Descartes do Discurso do método (“uma fábula”) ou o Descar­tes do retrato que lhe pinta J. b. Weenix em 1647, segurando um calhamaço onde se entrelê um espantoso Mundus est fabula; ficção, não ficção e assim infinitamente; prosa, poesia, pensamento.

Projeto editorial de Samuel Titan Jr.
Projeto gráfico de Raul Loureiro

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Aquiles ou Ulisses?

Pierre Judet de La Combe

Tradução de Cecília Ciscato
Coleção Fábula
Projeto gráfico de Raul Loureiro
 

Helenista de mão-cheia e autor de uma “biografia” de Homero, Pierre Judet de La Combe nos propõe uma pergunta: Aquiles ou Ulisses? Aos poucos, porém, vamos percebendo que os protagonistas da Ilíada e da Odisseia não são dois personagens quaisquer, pois cristalizam valores centrais e antitéticos para os gregos da Antiguidade. Falar de Aquiles e Ulisses equivale a penetrar no coração de uma cultura que, por mais familiar que nos pareça, é afinal de contas muito remota. É preciso paciência para decifrá-la, à maneira do arqueólogo que interroga ruínas e fragmentos: o que é, para os antigos, um herói? O que significam para eles, e para nós, a força de Aquiles e a astúcia de Ulisses?

no prelo
R$ 47,00
 
Jogo da forca

Christian Morgenstern
Organização de Samuel Titan Jr.

Traduções de Augusto de Campos, Haroldo de Campos, Felipe Fortuna, Montez Magno, Paulo Mendes Campos, Rubens Rodrigues Torres Filho, Roberto Schwarz e Sebastião Uchoa Leite
Projeto gráfico de Raul Loureiro
 

Jogo da forca reúne parte significativa da produção de Christian Morgenstern (1871-1914), poeta modernista alemão conhecido por seus versos curtos em estilo irônico e absurdo. De autoria de alguns dos principais escritores brasileiros, como Augusto de Campos, Haroldo de Campos, Sebastião Uchoa Leite, Paulo Mendes Campos e Rubens Rodrigues Torres Filho, as traduções desta coletânea foram publicadas de forma esparsa em jornais, revistas e livros de edição artesanal, e aqui reunidas pela primeira vez após um trabalho de pesquisa de duas décadas levado a cabo pelo organizador Samuel Titan Jr., autor também do posfácio ao volume. A edição, bilíngue alemão-português, conta ainda com um ensaio de Sebastião Uchoa Leite, “No planeta de Morgenstern”, em que ele aborda a obra desse genial autor do início do século XX.

R$ 68,00

 
O avesso das palavras
história da cultura e crítica da linguagem, 1901-1924

Fritz Mauthner

Organização e apresentação de Márcio Suzuki
Projeto gráfico de Raul Loureiro
 

Fritz Mauthner (1849-1923) foi um jornalista e escritor de prestígio em fins do século XIX e inícios do XX, quando lançou-se a um projeto filósofico rebelde e radical, cristalizado nas Contribuições a uma crítica da linguagem (1901-1902) e no Dicionário de filosofia (1910-1924). Nestas obras, ele critica a suposta capacidade da linguagem e da filosofia de representar o mundo, e define os conceitos como uma rede verbal constituída pela metáfora, pela fabulação e pelo mito. Primeira tradução de Mauthner para o português, O avesso das palavras é uma seleta generosa de seus principais textos. Com este volume, organizado por Márcio Suzuki, o leitor brasileiro poderá travar contato com um elo decisivo da tradição filosófica que vem dos românticos alemães e passa por Schopenhauer, Nietzsche e Brandes. Ao mesmo tempo, poderá julgar o fôlego de um ensaísta que cativou alguns dos nomes centrais da literatura modernista, de Joyce e Beckett a Jorge Luis Borges.

R$ 112,00

     
Cartas a Theo

Vincent van Gogh
Organização de Jorge Coli e Felipe Martinez

Tradução de Felipe Martinez
Projeto gráfico de Raul Loureiro
 

Dos primeiros tempos como aprendiz de marchand aos últimos dias de sua breve vida de pintor, Vincent van Gogh (1853-1890) manteve intensa correspondência com seu irmão Theo. São centenas de cartas, em que Van Gogh compartilha decisões e desesperanças; comenta as obras dos pintores que admira e os livros que lê; pede tubos de tinta e reclama da penúria material; mas sobretudo reflete, no calor da hora, sobre suas próprias telas, que por via da escrita se reapresentam aos nossos olhos com toda a vibração que Van Gogh lhes imprimiu. Traduzida diretamente dos originais em holandês e francês, esta nova seleção das Cartas a Theo, com 150 missivas, várias delas inéditas no Brasil, oferece ao leitor uma porta de entrada privilegiada para ingressar no universo do pintor.

R$ 119,00
 
A leste dos sonhos
Respostas even às crises sistêmicas

Nastassja Martin

Tradução de Camila Boldrini
Projeto gráfico de Raul Loureiro
 

Depois da experiência radical que recolheu em Escute as feras, a antropóloga francesa Nastassja Martin retorna, em A leste dos sonhos, ao Grande Norte e a seu diálogo com os even da península de Kamtchátka. Os “personagens” são os mesmos: Dária, seus filhos e filhas, o pequeno grupo que a seguiu de volta à floresta, que enfrentou a colonização russa da Sibéria e o fim da União Soviética, e agora lida com a pilhagem capitalista do território e a aceleração da mudança climática. Martin põe-se a interrogar as respostas even a essas crises, sendo o retorno ao sonho e ao mito entendidos não como regressão, mas como gesto audaz de captação de um mundo em vertiginosa metamorfose, algo que diz respeito tanto aos even como a cada um de nós.

R$ 86,00

 
As formas do visível
Uma antropologia da figuração

Philippe Descola

Tradução de Mônica Kalil
Projeto gráfico de Raul Loureiro
 

Este novo livro de Philippe Descola, um dos mais ilustres antropólogos da atualidade, tem por ponto de partida um fato simples: em todas as épocas e lugares de que temos notícia, os seres humanos dedicaram-se à criação de imagens. Como entender isso que parece ocupar lugar tão central nas sociedades humanas? Para responder à questão, Descola estuda materiais de todos os continentes, sejam eles de data pré-histórica, antiga ou contemporânea, e o faz de tal maneira a subverter tanto os lugares-comuns da antropologia como os da história da arte. Nesta obra fartamente ilustrada, vemos como as imagens nos permitem acessar, às vezes mais do que as palavras, as diferentes cosmologias, explícitas ou não, que conformam a condição humana.

R$ 159,00

     
Rever Debret
Colônia — Ateliê — Nação

Jacques Leenhardt

Tradução de Samuel Titan Jr.
Projeto gráfico de Raul Loureiro
 
Durante os quinze anos que viveu no Rio de Janeiro, entre 1816 e 1831, Jean-Baptiste Debret, um filho da Revolução Francesa, teve existência dupla: serviu dom João VI e dom Pedro I, e, ao mesmo tempo, registrou em inúmeros desenhos e aquarelas o que via nas ruas daquela cidade tropical, violenta e escravocrata. De volta à França, publicou Viagem pitoresca e histórica ao Brasil, obra recusada pela Biblioteca Imperial pelo que revelava de nossa sociedade. Em Rever Debret, Jacques Leenhardt, diretor de pesquisas da EHESS em Paris, convida-nos a revisitar a produção deste artista, bem como sua longa e atribulada fortuna entre nós. Agora, em pleno século XXI, pela crítica e paródia de jovens artistas ameríndios e afro-brasileiros, inspirados em sua obra, vão se plasmando novas formas de imaginar nossa nação em uma perspectiva livre da sombra colonial.
R$ 79,00
 
Figurações
ensaios críticos

Sylvia Molloy
Organização de Paloma Vidal

Tradução de Gênese Andrade
Posfácio de Adriana Kanzepolsky
Projeto gráfico de Raul Loureiro
 
Uma das principais autoras hispano-americanas dos séculos XX e XXI, tanto como ensaísta como ficcionista, a argentina Sylvia Molloy (1938-2022) fez seu doutorado na Sorbonne, lecionou nas universidades de Princeton e Yale, e tornou-se professora emérita de escrita criativa na Universidade de Nova York. Figurações, organizado por Paloma Vidal, reúne treze de seus principais ensaios, que versam sobre questões de gênero, sobre o lugar da crítica, sobre as relações entre autobiografia e ficção, sobre os “pais fundadores” da literatura latino-americana Domingo Sarmiento, José Martí e Rubén Darío, sobre a tradição das mulheres nas letras, de Teresa de la Parra e Victoria Ocampo a Alejandra Pizarnik, e sobre a obra inesgotável e inspiradora de Jorge Luis Borges.
R$ 75,00

 
Desarticulações, seguido de Vária imaginação

Sylvia Molloy

Tradução de Paloma Vidal
Projeto gráfico de Raul Loureiro
 
Figura central da crítica hispano-americana nas últimas décadas, a argentina Sylvia Molloy (1938-2022) foi também uma escritora inquieta e original. Radicada na França e depois nos Estados Unidos, o tema do deslocamento, de gênero e perspectiva, é central em sua obra. Nestes que foram seus dois últimos trabalhos de ficção, Desarticulações e Vária imaginação, ela criou uma forma literária breve e singularíssima, capaz de pôr em curto-circuito os territórios do factual e do ficcional, da autobiografia e da invenção. Se no primeiro as memórias são disparadas por uma doença fatal que acomete uma antiga companheira, no segundo fragmentos rememorados vão compondo um sintético romance de formação feminina na Argentina dos anos de guerra e pós-guerra.
R$ 54,00

     
Somos todos canibais
Precedido de “O suplício do Papai Noel”

Claude Lévi-Strauss
Organização de Maurice Olender

Tradução de Marília Scalzo
Projeto gráfico de Raul Loureiro
 
Um dos nomes centrais das ciências humanas no século XX, o antropólogo Claude Lévi-Strauss (1908-2009) reservou uma surpresa póstu¬ma para seus leitores. Publicado em 2013 na França, Somos todos canibais reúne dezesseis artigos originalmente redigidos para o jornal italiano La Repubblica entre 1989 e 2000, precedidos do ensaio “O suplício do Papai Noel”, de 1952. Escrevendo sobre temas variados com vasta erudição, da doença da vaca louca aos quinhentos anos da “descoberta” da América pelos europeus, Lévi-Strauss nos conduz sempre ao coração de cada fenômeno humano e cultu¬ral, tornando este livro uma introdução brilhante ao estruturalismo como método para se questionar o lugar-comum e as verdades estabelecidas.
R$ 68,00
 
Bíblia
as histórias fundadoras (do Gênesis ao Livro de Daniel)

Frédéric Boyer

Tradução de Bernardo Ajzenberg
Ilustrações de Serge Bloch
Projeto gráfico de Raul Loureiro
 
Grande sucesso editorial lançado originalmente na França, Bíblia: as histórias fundadoras reúne trinta e cinco histórias fundamentais do Antigo Testamento, selecionadas e recontadas de forma breve para jovens de todas as idades pelo escritor Frédéric Boyer, tradutor de Santo Agostinho, acompanhadas das belas ilustrações coloridas de Serge Bloch em grande formato. São histórias fundadoras porque estão entre as mais antigas e longevas do patrimônio literário da humanidade e estão na raiz de três das grandes tradições religiosas do planeta — narrativas que vão do Jardim do Éden à torre de Babel, da arca de Noé às tábuas de Moisés, dos patriarcas fundadores aos profetas e aos grandes reis, passando por figuras femininas inesquecíveis como Ruth, Ester e a rainha de Sabá.
R$ 218,00

 
Diário de bordo

Blaise Cendrars

Tradução de Samuel Titan Jr.
Projeto gráfico de Raul Loureiro
Edição bilíngue
 
Blaise Cendrars (1887-1961) foi um dos escritores centrais da vanguarda literária francesa. Em 6 de fevereiro de 1924, a convite de Paulo Prado e Oswald de Andrade, ele desembarcou no porto de Santos para uma temporada no Brasil. Aqui ele conheceu, nas suas próprias palavras, a sua “pátria espiritual”, e iniciou um ciclo de poemas que seria conhecido como Diário de bordo, com flashes de suas viagens pelo país que influenciariam de modo decisivo o modernismo brasileiro. Esta última grande empresa poética de Cendrars, que depois passaria a se dedicar à prosa, é apresentada aqui em sua íntegra, em edição bilíngue, trazendo, além de Feuilles de route I: Le Formose, publicado em Paris com capa de Tarsila ainda em 1924, todos os poemas do ciclo, incluindo inéditos e dispersos.
R$ 72,00

     
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